No surf, esporte que tem nas ondas do mar a moldura de manobras radicais, o “drop” tem o significado de descer. Eis aí a manobra para iniciar a descer a onda. Já nos negócios, a expressão dropshipping nos remete à remessa. Quem faz a operação de entrega é uma outra empresa, ou seja, que desce a onda para o drop.

Neste modelo, as lojas virtuais colocam os produtos em exposição. Mas os produtos estão em centros de distribuição pertencem a outra empresa, que irá distribuir a mercadoria.

Um exemplo bem emblemático é a Amazon, que está em 18 países. Maior marca do e-commerce mundial. Mas a maior parte dos produtos que estão no site não estão nos armazéns próprios.

Eis aí o dropshipping. Os sites Mercado Livre, Amazon, eBay utilizam os estoques de outras empresas para realizar as suas vendas. Todos saem ganhando. 

A rede de fornecedores parceiros cria um sistema de colaboração nas transações. Tudo acontece em nome de um comércio eletrônico. Mas a operação de entrega e logística são realizadas pelos parceiros.

Os chineses usam e abusam do conceito de dropshopping para escoar mercadorias em todo o mundo. Sites como eBay, AliExpress e Deal Extreme integram essas operações e relacionamento com os consumidores. 

Entender esse conceito é o primeiro passo para todo profissional que tenha interesse em entrar nesse mundo como um agente comercial.

Basicamente, é fundamental entender que para o consumidor, todos os processos de entrega e operação financeira são invisíveis. O que o consumidor enxerga é o site de vendas, onde é feita a transação.

O site de vendas, gerenciado por você, por exemplo, é o patrimônio. Por esse motivo é fundamental que todos os parceiros da operação sejam idôneos e comprometidos, zelando pela entrega dos produtos.

Para começar não é necessário muito capital. É possível caminhar aos poucos, passo a passo. Não existe a necessidade de ter muitos produtos em exposição. O investimento será direcionado para a manutenção do e-commerce e no trabalho de divulgação e impulsionamento, além do tempo de atendimento, ou suporte das vendas.

O vendedor não precisa lidar com os produtos fisicamente. A lição de casa do parceiro comercial é ficar ligado nos números e gerar mais vendas, ou seja, desenvolver estratégias para  atrair mais clientes.

O sistema de dropshipping pensa em todos os detalhes da logística em nível regional. Os armazéns estão espalhados para isso mesmo, com a visão de assegurar a flexibilidade das entregas em nível regional.

A grande dica para quem trabalha no sistema droppshipping é escolher produtos de nicho, específicos de um segmento especializado. Se a escolha foi acertada, com toda certeza, o projeto ganha escala. 

Como a operação comercial está condicionada às estratégias e aos investimentos de impulsionamento, a relação de investimento e retorno é previsível, minimizando os riscos.

Essa cultura de investimento não acontece nas empresas convencionais. Quanto mais vendas e faturamento, mais investimentos serão alocados para manter a infraestrutura. 

O importante para os empresários que trabalham no modelo droppshiping é fazer a gestão dos fornecedores, sejam novos ou atuais, para monitorar as entregas. Por esse motivo a escolha dos fornecedores é a parte mais importante do projeto, levando-se em conta a qualidade da entrega, não apenas o preço.

Lembre-se que toda a operação acontece em tempo real. O monitoramento do estoque é dinâmico. À medida que o cliente faz a compra em seu site, o pedido é instantaneamente realizado e processado para o envio para o fornecedor gerar a nota fiscal.  

O fornecedor cuida da embalagem e entrega, gerando um código para que o cliente acompanhe o processo despacho e entrega.

O relacionamento com o cliente é feito com a loja que vendeu. No entanto, o fornecedor cuida do estoque e envio, operações invisíveis para o cliente.